E o clássico problema de julgar pela capa e chamar "de menininha" não é o único empecilho que as mulheres autoras enfrentam nos universo dos quadrinhos.
Essa semana recebi uma mensagem muito triste de um leitor. Em suma, ele
pediu à sua mãe o livro do Como eu realmente e, depois que ela o folheou na livraria, disse que se recusava a comprar para seu filho um livro "de menininha". Pois é. Só por ter cores claras e uma personagem protagonista feminina, o livro foi automaticamente tachado de exclusivo para portadoras de altas taxas de estrogênio no sangue, mesmo que a grande maioria das situações aqui relatadas sejam universais a todos os gêneros. (Isso quando não é jogado na seção infantil também.)
Essa obsessão por rótulos preconceituosos de grande parte do público inibe inúmeros leitores (ou mães de leitores), principalmente do sexo masculino, porque, apesar de gostarem do material, eles se sentem culpados ao lê-lo, como se estivessem fazendo algo de errado. Vocês ficariam assustados com a quantidade de mensagens que eu já recebi de leitores me perguntando se o Como eu realmente é mesmo só para mulheres, ou se eles podem ler também. É claro que podem! Quem define pra quem ele é são vocês, queridos. O público. E também não precisam me dizer que "gostam muito, apesar de serem homens". Vocês nunca precisam justificar um gosto para alguém. Gosto é gosto, não é vergonha.
Aliás, todos temos o direito de gostar do que quisermos, enquanto não estivermos prejudicando ninguém, assim como todos temos o dever de respeitar o gosto das outras pessoas.
Então é essa a minha mensagem final: nunca permitam que o preconceito imponha limites a vocês, e muito menos deixem que o julgamento alheio os impeça de serem quem realmente são. Vocês mesmos.
Falando em mulheres nos quadrinhos, tem projetos lindos para incentivar o crescimento das nossas amigas nesse ramo. Super recomendo pra quem quiser acompanhar ou apoiar de qualquer forma o 1º Encontro Lady’s Comics, que acontecerá em outubro em BH, e o livro da página Mulheres nos Quadrinhos, que já está confirmadíssimo no Catarse. :)
Vc mora no meu coração! <3 Adorei a iniciativa e o quadrinhos e a mensagem!
ResponderExcluirNossa, não sabia que isso tinha acontecido... Que triste!!!
ResponderExcluirAh! Então quer dizer que eu, homem e balzaquiano, não posso frequentar o Como Eu Realmente ? Que pena, eu gostava tanto ! Com quem eu tiro a autorização para gostar de coisas que não são para o meu sexo e/ou faixa etária ?
ResponderExcluirMó patifaria isso, Nia. E o pior é que acontece em todo canto, com tudo. O pessoal também rotula a minha HQ por causa dos gráficos "bonitinhos" e porque a protagonista é mulher. E pior, porque o conteúdo não é apelativo. Isso sem contar quando criticam os gostos pessoais da gente. As pessoas precisam tomar vergonha.
ResponderExcluirGostei bastante do que você falou no fim! Virei mais seu fã ainda! ^^
Mó saco isso Niázinha! Tanta hq/mangá muito excelente e o pessoal simplesmente "dropa" por esses motivos fúteis. Pior que isso ocorre com alguns games também. Conheço gente que reclama de Metroid (que é minha franquia de jogos favorita <3) só pelo fato da protagonista ser uma mulher. Pô, que desperdício. Sem contar que tem diversos personagens femininos que são muito bem explorados. A própria Samus é um caso.
ResponderExcluirSei que o assunto é sério, mas morri de rir com seu personagem surtando!
ResponderExcluirNia, sou leitor assíduo das suas tirinhas há um bom tempo, e posso imaginar como você se sente. Hoje queria que você soubesse como eu realmente me sinto: com vergonha de saber que ainda existem pessoas com um pensamento tão primitivo, mais ainda por ser de uma mãe que deveria educar seu filho para ser alguém melhor.
ResponderExcluirPor favor, não pare. Suas tirinhas são muito divertidas, e ajudam muitos homens a entender um pouquinho do universo feminino.
Rótulos e gêneros eram pra ser apenas uma ferramenta pra facilitar a
ResponderExcluiridentificação das peças artísticas; ao invés, virou uma espécie de
prisão.
Todas as classificações de obras são artificiais. Sex and
the City é uma das minhas séries favoritas, cantei em coro por seis
anos, adorava Honey Honey, brincava de Ursinhos Carinhosos e faço altos
duetos com a Shakira no carro. Ah, e "gay" e derivados, pra mim, não é
ofensa; apenas inacurado.
Obras se dividem em boas e ruins. Ou, mais precisamente: gostei e não gostei.
Azul
é a Cor Mais Quente, Persépolis, Bear, Como Eu Realmente, Mulher de 30,
Bichinhos de Jardim, Ana e o Sapo, Diário, Sandra and Woo, Diário de
Virgínia, Quadrinhos A2... é, esse menino vai perder muita coisa boa. Só
espero que ele não se curve a este culto à ignorância.
Churros.
ResponderExcluirUma sociedade ainda machista como a nossa também tem momentos complicados para os homens, ironicamente. Existe sempre essa pressão por ser "macho", "homem de verdade", e tal pressão vem de todos os lados, inclusive das mulheres - como a mãe do seu leitor. Homens são julgados pela bebida que pedem ("homem que é homem não bebe drink, só bebe cerveja", como diz uma amiga minha), pela música que escutam, pelos filmes e séries que veem ("O quê? Vc via How I Met Your Mother e Friends? Que gay!"), pelos livros que leem e, aparentemente, também pelos quadrinhos de que gostam.
ResponderExcluirNunca imaginei que o "Como eu realmente" pudesse ser definido como "coisa de mulherzinha". E eu compartilho muita coisa do blog no Facebook, a turma que adora julgar deve ter se deliciado então! :D
Mas uma tirinha que eu leio sempre e não costumo anunciar é o Mulher de 30. Esse é sim um blog voltado para mulheres, mas não precisa ser mulher para achá-lo engraçado. Mesmo assim, os homens geralmente passam longe.
Por fim, é interessante ver também como o contrário NÃO acontece: a mulherada adora acompanhar blogs e revistas voltados originalmente ao público masculino, e não se sentem menos mulheres por isso.
Sim, o machismo também é prejudicial aos homens! Várias cicatrizes emocionais são criadas nessa pressão pra ser macho aí. Fico com pena, também.
ResponderExcluir(Mas mulheres leem revistas e quadrinhos voltados para o público masculino porque normalmente não há escolha. A grande maioria do material sempre foi feito e direcionado para homens. Agora é que estamos tentando ingressar também no mercado e abri-lo. :)
Mas, mesmo assim, ainda rola uns preconceitos sim de "mulher não pode gostar disso", principalmente pelo pessoal que xinga as meninas que gostam de coisas nerds de posers. )
Eu leio todas as postagens e comento aqui com um avatar do Tails. Encaminho o link com as tirinhas pra MINHA NAMORADA. Ah, e tenho 26 anos.
ResponderExcluirNão acho o conteúdo de menininha e nem infantil. Os desenhos só seguem um estilo de arte que a Nia usa, que é muito legal btw. Acho que não precisa usar cores fortes, ou fazer traço de anime em tudo. Cada um tem seu estilo.
É fato isso, as pessoas tem a tendência (pra não dizer "mania" ou "obrigação") de colocar tudo em rótulos e "fechar" o que poderia ser de gosto livre - porque gosto é livre, mesmo, bem como você colocou.
ResponderExcluirEu já tinha uma vaga idéia de que autoras de quadrinhos tem mais dificuldade em publicar/divulgar seu trabalho justamente por conta disso, mas não imaginava que ia afetar você, justamente por seu trabalho não ser "para meninas" nem "para meninos".
Enfim, eu achei seu livro na seção dos quadrinhos. Perto do Batman.
Pra mim, pareceu justo ;)
(e o Niazinho (?) ficou ótimo na capa, também ♥)
Nos jogos de RPG que eu conheço, é muito comum vermos situações onde os modders criam modificações para sensualizar as mulheres do jogo a fim de ficar mais agradável jogar com esse tipo de personagem.
ResponderExcluirCom o Skyrim não é diferente, vermos a preocupação dos modders em produzir as roupas das mulheres desse jogo, fazendo-as se vestirem como prostitutas e ainda por cima acrescentando animações obscenas, como se todas as NPC do sexo feminino precisassem ser assim para agradar os jogadores.
Muitas vezes os modders esquecem que há mulheres que também jogam Skyrim. Existe um machismo tão grande nos jogos que os próprios jogadores acabam subestimando as protagonistas femininas quando as mesmas aparecem.
Gente, essa tirinha falou tanto comigo justamente hoje que discuti com minha família sobre o que é coisa de gay ou não. Parabéns não só pela tirinha, mas também pelo ótimo texto.
ResponderExcluirBem, eu sou homem, acho q já perceberam pelo nome! Mas não foi por esse motivo q deixei de comprar Como eu Realmente... primeiro q os desenhos me agradaram, e como tb gosto de desenhar, então prezo pela qualidade dos desenhos! Segundo que li algumas piadas aqui na página e considero elas "unissex", para homens e mulheres! Terceiro q sempre fico alegre ao ver mais uma mulher envolvida com histórias em quadrinhos, pq mulheres nesse meio, é difícil de se ver, se compararmos à quantidade de homens que trabalham com com isso, então a cada nova desenhista de quadrinhos, considero uma vitória para o gênero! E Fernanda Nia representa bem os quadrinhos feitos por mulheres!
ResponderExcluirLembrei imediatamente dessas imagens, não sei se já viu: http://www.hypeness.com.br/2014/07/como-podem-ser-danosas-algumas-coisas-que-falamos/
ResponderExcluirEm particular essa: http://www.hypeness.com.br/wp-content/uploads/2014/07/traducao4.jpg
E essa: http://www.hypeness.com.br/wp-content/uploads/2014/07/traducao5.jpg
Nia, posso fazer um comentário nem tão nada a ver com o tópico? Vou te contar a minha pequena odisseia na Bienal.
ResponderExcluirEu fui cheia de esperanças, treinando um diálogo em inglês com a maravilhosa Cassandra Clare. Mas daí fui ver a fila pro autógrafo e cara, nem se eu fosse fazer compras no estande do lado, assistisse todas as temporadas daquele reality show horrível das Kardashians, fosse aprender Klingon, terminasse uma fan art que deixei aí faz séculos da Carrie e fosse ao Starbucks que tem na frente do Masp a fila ia ter diminuído. Daí eu saí com o meu pai de lá de perto chorando, mas pelo menos vou tentar voltar amanhã. Tentei ir aos estandes da Rocco e da Novo Conceito: todos lotadaços. Tentei comprar uma Mundo Estranho: esgotadas. Tentei ANDAR pela Bienal: esquece.
Mas daí a sorte sorriu para mim quando eu disse ao meu pai "Olha ali, o estande da Nemo! É ali que vendem o livro da Fernanda Nia!". Ele perguntou ao atendente se tinha o livro e ele disse "sim". Eu quase soltei uns fogos, mandei todo mundo que tava na fila pra Cassandra Clare ir tomar no ** e fiz um voo para Vênus em comemoração. Mas eu me contive.
Esse é o meu livro de estimação. Pode chamá-lo de Bolinho, mas o nome dele é Sargento Fofura Jr.
Ai, que lindo, querida!! Fico imensamente feliz de saber que o livro significou tanto pra você. Aposto que Sargento Fofura Jr. ganhou o melhor lar que ele poderia ter. :)
ResponderExcluir(E que pena ter tido esse perrengue na Bienal. Estou lendo as notícias e só vendo o que o pessoal passou. Mas agora os próximos dias serão melhores, acredito eu. >_<)
Esqueci de mencionar que a autora dessas imagens é uma polonesa. O blog dela é esse: http://beiibis.tumblr.com/
ResponderExcluirP.S.: Vou tentar ir na bienal para um autógrafo seu no sábado! :D
Oi Fernanda! Vi essa tirinha outro dia e achei que tinha tudo a ver com essa discussão. Infelizmente nós sabemos que em muitos lugares esse menino seria reprimido e humilhado pelos pais, professores e colegas - isso se não tivesse um pai ou mãe neandertal, daqueles que acham que ele tem que apanhar "para virar macho".
ResponderExcluirhttp://humoncomics.com/art/little-princess.png
Créditos da tira: http://humoncomics.com/little-princess
Fê, não fique triste, no quadrinho acho que é pior porque você sofre preconceito dos meninos e das meninas, mas com qualquer livro é assim, o mesmo acontece comigo, têm muitos meninos que me perguntam se podem ler meus livros.
ResponderExcluirSinceramente os homens acabam tendo mais preconceito com essas coisas, ficam com medo do que os outros vão achar e não leem nada que possa ser considerado 'de mulherzinha', mas as meninas já exploram os itens masculinos sem problemas.
Vai entender! Bando de Machistas ignorantes!
Esse "Silvio Sem Senso Social" é algum inimigo da Niazinha?
ResponderExcluirEle sempre é retratado como uma espécie de vilão nos seus quadrinhos =)
Na verdade os mangás shoujos também ajudam a entender.
ResponderExcluirVai depender do caso, tem histórias que podem agradar tanto as meninas quanto os garotos. O que acontece é que existe aquele pensamento arcaico de que as meninas só querem saber de romance e coisas melosas, enquanto os garotos preferem ação e violência. Para agradar ambos os gêneros é necessário que aja um equilíbrio disso aí.
ResponderExcluirOdeio esse tipo de coisa!
ResponderExcluirUma vez eu estava assistindo 'Avatar: A Lenda de Aang', e minha mãe começou à assistir comigo e depois de uns minutos perguntou: "mas esse desenho não é para garotos?". Poxa mãe, até você :'(
Muito legal seu site, o conheci hoje. Agora. E já deixo claro que tudo que eu disser é apenas minha opinião, posso estar certo ou errado, e que eu gostei bastante do seu traço e do site/blog, e continuarei o visitando.
ResponderExcluirDito isto, primeiramente dificilmente se vê um "garoto normal" em uma capa de quadrinhos, sempre é um personagem que esbanja um belo físico, bela aparência ou algo que remeta algum tipo de status (aparentemente rico ou poderoso). Ao menos na maioria das hqs é isso que encontramos, dentro delas também, fora um pequeno segmento (geralmente hqs com tematica mais adultas) raramente o herói é "um garoto comum". Portanto reclamar de "figura feminina sexualizada" é no mínimo desonesto e cínico.
Reclamar do fato da figura feminina geralmente ser estereotipadamente sexy para atrair o leitor seria o mesmo que reclamar que os heróis geralmente saem na porrada e se matam porque é isso que garotos geralmente gostam.
Pois os personagens tem contextos parecidos independente do sexo nessa questão, raramente são comuns e parecidos na cerne com o leitor, e acima de tudo são produtos comerciais, feitos para chamar a atenção e vender.
No mais existem sim coisas "de menino" e coisas de "menina" biologicamente falando, mas isso não vem ao caso.
O importante é ter bom senso e maturidade para ler o que lhe agradar sem se preocupar com as posições e esteriótipos impostos pelas sociedade (EM PESSOAS REAIS), o importante é ser feliz da forma como você é, que é o que a tirinha quis passar.
Abraços, e continue com seu ótimo trabalho, ah, o fundo do site é muito poluído, fica dificil se concentrar no conteúdo. Beijos
No meio dos mangás eu não vejo tanto, isso.Pelo menos das pessoas que eu conheço e gostam, a maioria curte um bom josei (obras voltadas ao público feminino adulto). Sou bem novato em comics, então não conheço muitas voltadas pra esse público :/
ResponderExcluirA seguir: "Como eu realmente..." em mangá! :D
ResponderExcluirBom, eu sempre quis falar um pouco sobre esse assunto pra alguém, mas nunca tive quem, então vou falar aqui, haha.
ResponderExcluirEu tinha visto o comentário do menino e até acredito ter comentado algo, isso é realmente um saco. Quando eu era bem pequeno, adorava brinquedinhos fofinhos, com ursinhos, bonequinhos pequenos e delicados etc. e assim acabava sempre ganhando uns. Então fui crescendo e cada vez que queria comprar algo 'bonitinho' tinha que ouvir um "mas você é menino", "você já está ficando grande" e o pior de todos era "você vai ser um homem, já pensou que vergonha continuar gostando dessas coisas?". Acabei reprimindo todas as coisas que mais gostava, escondida de todo mundo e até de mim, achando -com os grandes conselhos que recebia- que estava fazendo o certo, mas não estava. Você é adulto quando reconhece e aceita quem você é, as coisas que gosta e consegue defender isso naturalmente. Ser homem ou mulher com maturidade está ligado muito mais com o fato de entrar em contato com si mesmo e se amar como de fato você é.
Resumindo: Hoje eu tenho 22 anos, meu quarto é o mais colorido de todas as pessoas que conheço, tenho uma coleção de bonecas, poneis, littlest pet shop, pokémons, hello kitty, personagens da disney e mais um monte de coisa brilhante e lindas, hahaha. O melhor de tudo isso é que quando parei de ter receio de ser eu mesmo, as pessoas pararam de encher (ou fui eu que nunca mais dei ouvidos pra ninguém boboca).
Açgumas pessoas sempre querem passar por cima dos outros, elas acham que o que é bom pra elas é bom pra todo mundo, mas não é assim. Cada um é único, cada gosto é único e nós podemos ser QUALQUER coisa que quisermos. Meu maior desejo é que todo mundo desse planeta meio azul seja corajoso para ser livre de verdade - e assim feliz. <3
Lindo testemunho, Douglas! Fico feliz que tenha dado tudo certo pra você. Aposto que eu teria inveja do seu quarto, hahahahahah.
ResponderExcluirMas, falando em brinquedos e gênero, teve uma tirinha sobre isso no passado, se você quiser olhar: http://www.comoeurealmente.com/2012/10/brinquedos.html
Parabéns, isso foi realmente lindo! Grande verdade, principalmente o último parágrafo, que muitos não enxergam! Felicidades.
ResponderExcluirÉ a normose... :( http://super.abril.com.br/saude/doenca-ser-normal-755983.shtml
ResponderExcluir"Homens não choram, suam pelos olhos" é o que mais vejo. ¬¬ No mais, comentário perfeito. Parabéns!
ResponderExcluirFiquei curioso, qual é a tua HQ?
ResponderExcluirEu sou homem e adoro seu blog. Você tem um talento incrível. Pena que alguns não percebam. É triste viver em uma sociedade assim.
ResponderExcluirse chama "Os Magimelódicos". você pode conferi-la melhor aqui http://www.projetochroma.net.br/quadrinhos.htm
ResponderExcluiraproveite e veja os trabalhos de meus amigos do Projeto Chroma ^^
mto obrigado :)
Hahaha, obrigado. :3 E sim, eu já vi essa tirinha, adorei, aliás, sempre vejo todas, ainda tô pra comprar o livro, haha.
ResponderExcluirPior que os homens machistas, são as MÃES MACHISTAS! Que M, hein?!
ResponderExcluirFernanda, vi umas oito páginas deste site até agora e gostei das suas tirinha. Quero apenas fazer duas observações.
ResponderExcluir(1) Uma MULHER se recusou a comprar um livro com protagonista feminino e daí você faz uma tirinha em que um personagem masculino rejeita o livro pelo mesmo motivo e critica os homens em especial por isso?
Esse leitor provavelmente é bem jovem, talvez criança. E a mãe provavelmente não conhece o seu trabalho. Então ela deve de fato ter confundido "personagem feminina" com "personagem para meninas".
Mas a Mônica do Maurício de Sousa também é uma personagem feminina e gerações de meninos compraram seus gibis sem stress. Assim, parece ser um problema de comunicação mesmo. Você pode sugerir para esse leitor mostrar algumas tirinhas para a mãe.
Hoje em dia se demoniza a masculinidade e muitos garotos crescem confusos, com vergonha de serem do "sexo mau". Talvez a preocupação dela seja evitar que isso ocorra com seu filho. O que leva ao segundo ponto:
(2) Notei que a maioria das vezes em que uma atitude inadequada é mostrada, é sempre o personagem masculino que a representa. Sugiro que varie mais, apresentando também personagens masculinos com atitudes adequadas e personagens femininos com atitudes inadequadas.
Abraço!
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